Primeiramente, sejam todos bem-vindos! Aqui neste blog vou trazê-los para o mundo da música, porém, para um contexto que fique claro sobre as conquistas e desafios que tem surgido nessas últimas décadas, se possível dizer, dos séculos XX e XXI ao qual neste momento estamos.

Afinal, onde tudo começou?

Pois bem, o violino não é um instrumento nacional, com suas características atuais surgiu na Europa do século XVI, através das famílias de luthiers Guarneri, Stradivarius e Amati, todos de Cremona, na Itália. Coincidentemente, o primeiro grande violinista da história foi Cláudio Monteverdi (1567-1643). Ele, o violino, sempre foi utilizado, no contexto europeu, para eventos da nobreza, com composições de Mozart e Haydn. Mais para frente, Beethoven colocou em suas composições o violino, saindo da posição de música de câmara (em pequenas salas de concerto) como entretenimento, para grandes orquestras, juntando-se a um coro sinfônico através da famosa 9⁠ª. Sinfonia. Atualmente o violino é conhecido como o “rei das orquestras”.

Após passar esse período inicial histórico, como o violino se desenvolveu ao redor do mundo?

Na Europa, após ter reconhecimento de sua “especiaria musical” o violino conquistou outros horizontes onde já havia músicos renomados e universidades e conservatórios reconhecidos. Cidades como Berlim, Moscou, Viena, Praga, Varsóvia, Milão são as cidades que mais se destacaram na produção erudita. Através dos anos e mais acentuadamente atualmente, conseguimos verificar que nestas cidades são localizadas as melhores orquestras do mundo.

Nos EUA, representado por Stephane Grapelli – como um conhecedor e virtuosista, o violino ganhou espaço nas bandas de rua e destaque com seus “solos mágicos”, possibilitando ampliar novos horizontes no entendimento de entretenimento e exclusividade.

Mesmo assim, na África não encontrou lugar por questões sociais e econômicas. Na Ásia, não houve grande interesse, pois a cultura árabe já era muito bem expandida e consolidada através de músicas, danças e instrumentos tradicionais como, por exemplo, a dança do ventre, o dabke, e eventos ritualísticos do hinduísmo, xintoísmo, islamismo.

O que sobrou como local de exploração do violino foi na América Latina!

Assim, então, nosso país continental se consolidava historicamente em suas grandes metrópoles de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro e parte do sul e nordeste com uma diversidade musical que não há em nenhum outro lugar no mundo, gosto pelo frevo, pelas danças originárias, mais para frente pelo MPB, o rock nacional o pop nacional, sertanejo, e o violino onde ficou nessa história? Cada vez mais perdia sua importância.

Como se deu o conhecimento do violino no Brasil?

Observando a passagem para o nosso país, essa transição até os tempos atuais nunca foi bem administrada, pois aqui já estava preenchido com outras culturas locais, que tinha um contexto sócio-político bem consolidado, que trazia uma identidade mais forte com a população, no caso o violão e alguns instrumentos de percussão, e das canções que caminhava com movimentos de liberdade de expressão, revoluções, ditadura, e criação de pequenas comunidade reivindicando algum direito.

O violino acústico erudito foi trazido pela coroa portuguesa com intuito de levar seus pertences para a colônia e aproveitar para catequizar novos crentes nos ateneus e escolas. O grande “gap”, ou melhor dizendo, “buraco”, no nosso país é a baixa qualidade de produção, assim como a baixa quantidade de luthiers disponíveis para a demanda de alunos e profissionais. O único produto que o Brasil realmente se garante é na madeira do arco (a melhor do mundo) – o pau-brasil, que se tornou referência de mercado.

Devagar e sempre…onde aprender?

Os maiores polos de desenvolvimento do ensino de violino no Brasil é o Estado de São Paulo, cidades como Indaiatuba, Campinas, São Paulo, São José dos Campos, Tatuí e Ribeirão Preto são as principais referências do país de qualidade de ensino. Mas veja, para um país de 27 estados, com mais de 200 milhões de habitantes, não é muito pouco?

Por que as escolas de ensino regular não investem em violinos desde pequeno no ensino musical?

O violino possui muitas características, que temos claro em nossos pensamentos, mas não fomos educados a experimentar, ou a tocar nele, pois é em si muito peculiar, delicado, luxuoso, alguns podem dizer misterioso, encantador, dentre outras qualidades que ao ouvir o som brilhante e magnético poderia conectar qualquer pessoa seja escutando uma apresentação na rua, ou em um evento social como um sarau, um quarteto de cordas e até um dueto de piano e violino, mas principalmente e mais popularmente conhecido, em uma orquestra sinfônica com mais de 100 músicos.

As escolas, em sua maioria, não percebem fatores decisivos e pertinentes para esse avanço, colocando como empecilho: falta de profissionais qualificados para ensinar, ter uma amplitude de atividades infantis, ser caro e de difícil conservação. Além disso, não consideram ser um instrumento de fácil adaptação, já que necessita um grau de precisão mais aguçado do que instrumentos de percussão, teclado e ukulele.

Sabendo disso, empresas do exterior estão produzindo violinos infantis de materiais de borracha (MDF) possibilitando o ensino inclusivo para crianças menores de 6 anos, evitando estes fatores. Porém, poucas pessoas conhecem esse caminho. Atualmente, profissionais e alunos que possuem contato com a linha escolar Suzuki, são os mais beneficiados desta novidade.

Fiquem de olhos abertos, e venham conhecer o novo modelo de ensino moderno: O “método Shaikh para iniciantes” produzido por mim e em breve disponível neste site para download.

Não há uma direção mais apropriada para você que quer aprender violino, existe, sim, oportunidades para participar da disseminação e envolvimento do encanto pelo instrumento e as influências que este causa em nossas vidas. Na minha vida, foi de acolhimento, sempre de comunicar meus sentimentos, seja comigo mesmo ou em público, ele traduz o que nenhum dicionário pode mencionar. Basta amar e respeitar o processo. Pouco a pouco, dia após dia.

O processo avançou tanto no país, que existem violinos elétricos participando de bandas de rock em grandes show em estádios, ganhou destaque em trilhas sonoras de filmes, ganhou espaço na musicoterapia, e não vamos esquecer do inesquecível tempo da pandemia, que acalmou o coração de famílias que perderam queridos amigos. Bem-vindos ao infinito mundo do violino!

Nader Shaikh 13.06.2024 19h30

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Nader Shaikzadeh

Nader Shaikhzadeh Vahdat, tem 34 anos, se formou em Bacharel de Música, especializado em violino clássico, na Faculdade Integral Cantareira em 2019. Cursou pós-graduação em Educação Musical com ênfase em desenvolvimento metodológico pela Faculdade Souza Lima em São Paulo, formando-se em 2021. Atualmente leciona aulas particulares presenciais, assim como em formato EAD, realiza eventos na região metropolitana de São Paulo, e produz seu conteúdo através de um Studio musical profissional.

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